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Meus verbos são meus estandartes

Há muito tempo que andei pelos caminhos da solidão. Sempre tive paz mas repleta de ansiedade. Transcendi meus sentimentos. Somos como sopros ao vento, mugindo como relâmpagos loucos exitando a alma e panfletando o coração com o destino. Meus verbos são meus estandartes, meu alvorecer de poeta desflama a teia da aranha ruidosa ao vento sorrateiro. Agora uma chuva cai ligeira por sobre o homem que vagueia pelos longinquos verbos. Por onde andam as ramadas que outrora falei? Como ouvir o canto da serpente de clama? Tenho dentro do peito a canção que ecoa a loa de um estandarte qualquer. Mas, meus verbos são meus estandartes. Minha alma vaga por sobre um alicerce tupiniquim desviando dos pingos largos de uma chuva passageira, só pra ver os passaros do agreste cantarem um plim plim quase cósmico. As gotas caem violentamente por sobre o nylon de minha barraca fincada na praia de Camburi no dia 6/8/82, numa tarde quase ensolarada, porem com núvens que bloquearam o sol e gotas que caem como fl

A lição de Zhafir

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A LIÇÃO DE ZHAFIR De tempos em tempos, os homens desciam das mais longínquas montanhas e se reuniam naquele platô, da mais alta montanha da cordilheira . Sempre em círculo, aquecidos pela fogueira ao centro, sentavam em pedras para contar suas histórias. Em volta deste círculo, alguns homens e mulheres se reuniam para ouvi-los. No círculo interno os mestres, e no externo os iniciados. Sempre que desejavam a sabedoria e conselhos para a sobrevivência naqueles picos gelados, entoavam grandes cornetas , e , por fim, os mestres desciam. Iniciavam um grande ritual, fumando um enorme cachimbo indígena repleto de ervas sagradas, trazidas dos Alpes Longínquos. Um deles se destacava, era o mestre Zafhir, o mais velho e, cuja barba, ultrapassava a cintura, tornando-se ponte-aguda. Durante anos, Zafhir se tornou um eremita e privando-se, de todos os privilégios da vila, e ficando recluso em uma caverna nos Alpes Longínquos. Zafhir havia se tornado mestre na arte dos dados místicos, um jogo de
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Série de poemas escritos aleatóriamente pensando no tempo, esse inimigo da velhiçe e amigo das crianças, da natureza e dos anjos , que com seus sopros de vida , orientam nossos corações... Anjos do coração Existe alguma coisa no meu peito Que está sempre com defeito E foi feito por você Que é o parafuso mais confuso Pra engrenagem sobreviver E pra consertar esse defeito Pois em cada peito de um homem Existe sempre uma mulher E uma solidão pra encontrar Botar um óleo e lubrificar Limpar as veias Limpar as teias e voar Pra encontrar com esse amor Que é sonho derradeiro Cola mais que cola De sapateiro Mais que goma De umbuzeiro Nunca mais vai se soltar Mas isso é coisa do passado Hoje vivo ao seu lado Você é minha mulher E tenho hoje a consciência De que aquilo foi demência Que eu quero esquecer Que um dia tive você E minha vida hoje é parte Levo a carga no meu peito É a sina não tem jeito Ê, com ela vou morrer. Pra esquecer esse passado Só