De Versos do Agora


Vejo crianças correndo

Na praia de areia branca

Elas vão correndo

Conchas brancas e estrelas

Ela vai pisando

E a espuma do mar

Borbulhando as ondas

Vão se formando

Brisa bateu nos olhos

Trouxe um pensamento em vão

Lembrei-me do meu irmão

Que outrora se foi

Deixou recado pro boi

Agreste ao leste, agora é festa

Estou louco à beça

Quase perco a cueca na vida

Com meu passaporte

Talvez em algum momento

Eu dou sorte


O mundo é fantástico

É um show da vida

Largo a vida desprovida

Viro um maluco lunático


Pulo pra lua do meio da rua

Brinco de amarelinha agora

Jogo pedra, a Augusta é madura

Pra jogar o jogo não tem hora


Todos são bem-vindos amigos

Vamos sonhar todos juntos

Brindar um drinque contigo

Eu e você e outros somos muitos


Mas nosso tempo acabou

Nossa hora agora chegou

Viajar no tempo é o momento

A cápsula se abre ao intento


O mar vaga em lembrança soturna

Como caracóis, penetram bem fundo

Na mente vazia e noturna

Caminhos que levam a outro mundo


Singelo é o ventre que luta

Brigando na rua, chamando de truta

Está sozinho, oh! Dora mundo

Tua saga, enfim um dia traçada

Derradeiro caminho

Desafia um moinho

Ter Sancho Pança

Como qualquer

Canção de criança

Canção de mulher


São negros os sonhos

São tristes, risonhos

Loucura não tem tamanho

Resolve, o estranho

Caminho a traçar

Tentando andar

Num tempo qualquer

Até amanhecer

Buscando mulher

Assim bem depois

Procuro encontrar

Viagens que são sonhos

Alguns tristes

Outros risonhos

Pra buscar não se tem tamanho

Tua pura e nua lambida tez

Bolhas de embriaguez

Por tontos troncos risonhos

Tamanhos troncos se vão

Em barrancos para o rio

Com solavancos eles são

Tamancos que

Tremem os versos

De Versos tristonhos

Límpidos sonhos

Transformados em canções


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