Cerâmica, a arte milenar

Toda pessoa que tem sensibilidade e se interessa por museus, nota a grande variedade de cerâmica, e a extraordinária sofisticação de algumas peças e a simplicidade das obras. O conhecimento que se pode adquirir com a cerâmica, é inigualável, pois ela reproduz o que se passou em épocas remotas, reconstruindo a história e seus fatos, trazendo a tona a utilização dos diferentes materiais e utensílios, além das necessidades culturais e sociais de uma civilização. Temos com isso, a consciência de que a tradição retratou suas formas de expressão, e não simplesmente a imitação dos utensílios domésticos, meramente para representarem os objetos. Através desse método,podemos compreender melhor a cerâmica utilizada pelos povos, em todas as épocas e seus respectivos movimentos sociais e culturais. Arte Grega: Do amálgama das culturas grega e oriental, formou-se pouco a pouco a cultura helenística, cujos focos principais foram Alexandria, no Egito, Pérgamo, na Ásia menor; Antioquia e Seleucia, na Síria.
O novo estado despreza os anseios de isolamento, a pureza étnica e tradição cultural para se apoiar nas estruturas sociais diversas de cada região. A escultura caracteriza-se por um realismo cru e dramático, de efeitos teatrais. Assim, adquire um valor meramente decorativo. Entre as mais famosas estátuas do período helenístico está a da morte de Lacoonte e seus filhos, encontrada em Roma durante uma escavação, muitos séculos depois, mais precisamente em 1506. A pintura continua realista. Parraso de Éfeso e Timanto inspiram-se no teatro, procurando o retrato psicológico de seus personagens. Muitas cenas cobrem as colunas, por meio de diversas técnicas: a encáustica (dissolução das tintas em um adesivo, cola ou caseína do ovo, para que possam aderir melhor as superfícies), a pintura sobre o mármore, placas de cerâmica ou vasos. Surge também a pintura de cavalete – típica das ricas residências particulares – o mosaico e a velaria ( pintura ou bordado sobre grandes telas),muito usado para enfeitar paredes ou interligar colunas . Em seus vários períodos, a arte grega nos deixou um legado maravilhoso que até hoje inspira e empolga o culto a beleza. ( entra desenho da arte grega)
No Brasil, a arte popular reflete o talento do povo em vários estados e localizações distantes. Buscando a sobrevivência, levam aos centros urbanos, uma diversidade das facetas da cultura do interior do nosso Brasil. Nossos artesões, que através do barro e da cerâmica, mantém vivas as tradições antigas, legando-nos peças de seu cotidiano, rico de criatividade e praticidade. No vale do Jequitinhonha, até os confins de Minas Gerais, passando pela paulista Taubaté, a expressividade dessas comunidades vai fincando raízes na cultura brasileira, e se mantendo por gerações, com a arte passada de pai para filho.
A cerâmica, termo que vem da palavra grega “Kéramos”, ou terra queimada, possui uma resistência incrível, demonstrada nas escavações arqueológicas, onde as encontramos intactas. Por isso, a história do homem vem sendo rastreada pela cerâmica desde os tempos da era Cristã, sendo utilizada como matéria prima de uma variação de instrumentos domésticos, utilizada na construção civil, e material artístico nas mãos de artistas , além de tecnologia de ponta, como componente de pastilhas de alta durabilidade, utilizada em foguetes espaciais.
Potes, vasos, ânforas, pratos, bonecos, animais do cotidiano, era assim que o homem pré-histórico fazia seus recipientes para cozinhar ou guardar comida. É assim que os povos primitivos do mundo inteiro ainda trabalham. É assim que os ceramistas modernos empregam essa técnica, e a irão emprega-la, até que se esgote todo o barro da terra, que eu espero; isso nunca aconteça.

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