Série de poemas escritos aleatóriamente pensando no tempo,
esse inimigo da velhiçe e amigo das crianças, da natureza e dos anjos ,
que com seus sopros de vida , orientam nossos corações...








Anjos do coração
Existe alguma coisa no meu peito
Que está sempre com defeito
E foi feito por você
Que é o parafuso mais confuso
Pra engrenagem sobreviver
E pra consertar esse defeito
Pois em cada peito de um homem
Existe sempre uma mulher
E uma solidão pra encontrar
Botar um óleo e lubrificar
Limpar as veias
Limpar as teias e voar
Pra encontrar com esse amor
Que é sonho derradeiro
Cola mais que cola
De sapateiro
Mais que goma
De umbuzeiro
Nunca mais vai se soltar
Mas isso é coisa do passado
Hoje vivo ao seu lado
Você é minha mulher
E tenho hoje a consciência
De que aquilo foi demência
Que eu quero esquecer
Que um dia tive você
E minha vida hoje é parte
Levo a carga no meu peito
É a sina não tem jeito
Ê, com ela vou morrer.
Pra esquecer esse passado
Só você bem ao meu lado
O que me resta é lembrar
Mas esquecer esse passado
Só você bem ao meu lado
Nunca vou te esquecer
Nunca vou te esquecer...




De tempo ao tempo
O tempo é o vento
Que bate na cara
Deixando rugas
Na tua alma
Mantendo a calma
Dos mares tardios
Que cantam
Na areia vadia
E tarda
Mas não falha
Dá um tempo
Seu tempo nojento
Que quer brincar comigo
Mostrar em desatino
Que desde pequenino
Lá atrás, bem menino
Sempre tive um desafio
Ser filho do tempo
Do signo de saturno
Homem velho e soturno
Sábio e vagabundo
Sentado na pedra
Olhando o mundo
Que mundo imundo
Giramundo

II
Tal pedra do holocausto
Com o tempo ao seu encausto
Pedra viva, tempo vivo
Corre e não agride
Trasnpôe muralha de pedra
Com o tempo não se quebra
A mim me aflige muito
Em mim não causa mimo
Tempo que ensina e determina
Quem vai viver ou morrer
Pedra a pedra, pão ao irmão
Quanto tempo para amar
Ao grande rio se curvar
Alçar a rota do tempo
Cantar na morada em solo
Febril, ardente que chora
Angustias do tempo
A espera da hora... (Marcel céu-5/9/08 – quando meu neto completou 2 meses)



Desafio
Senhor que traça o destino do mundo. Quebre as querelas do tempo imundo, que em um segundo, quer detonar esse agouro profundo. Oh! Doramundo, profundo no tempo vira segundo a fundo e profundo a qualquer minuto quer a mulher. Viva o tempo que eu não agüento! Fermento que ressalva o jumento, que eu agüento o tropeço, quão a angústia exalta o samba, na caçamba de um tempo qualquer! Cadê mulher? Ou se come com o garfo, ou com uma colher... (7/8/08)

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